Contratar um engenheiro mecânico perito irá garantir que o condutor tenha uma avaliação técnica correta sobre seus direitos em estressantes cenários de acidente
Contar com um perito engenheiro mecânico como auxílio na resolução de acidentes e colisões de trânsito é elemento indispensável para a garantia dos direitos dos condutores envolvidos nessas situações.
Por seu vasto conhecimento e experiência na lida com a avaliação de avarias nos veículos, bem como na reconstrução de cenários de acidentes, o perito engenheiro mecânico particular será o representante técnico do condutor nas discussões junto a seguradoras e outros peritos designados a emitir opinião sobre as minúcias do acidente.
Assim como apontamos neste mesmo blog – na postagem sobre os direitos dos condutores junto às seguradoras , muitas vezes estas acabam se empenhando para fazer com que o orçamento de reparação do veículo não ultrapasse 75% de seu valor, o que tecnicamente configuraria a ‘perda total’.
Dentro desse contexto, caberá ao engenheiro mecânico contratado pelo condutor a missão de produzir um laudo técnico de classificação de danos.
Nesse documento, o perito engenheiro mecânico irá atribuir pontuações às áreas afetadas no relatório de avarias a fim de classificar os danos de componentes estruturais ou de segurança passiva do veículo como sendo de pequena, média ou grande monta.
Esses procedimentos dão origem também a um documento conhecido como laudo de recuperabilidade, no qual o perito em engenharia mecânica irá determinar se o veículo envolvido no acidente é ou não passível de recuperação.
O papel do perito engenheiro mecânico nas perícias de defesa
Em uma colisão entre dois veículos no trânsito, geralmente ambas as partes sofrem prejuízos significativos. No geral, esse duplo-prejuízo acaba causando um cenário de disputa entre as partes para se determinar qual deve ser a parte responsabilizada.
O responsabilizado, além de ter de dar conta de suas próprias despesas – terá também de arcar com custos indenização do outro condutor, custos estes que vão desde a reparação completa de seu veículo até contrapartidas relacionadas a danos morais.
Nem sempre o ‘culpado’ – porém, ocorreu em imprudências e transgressões por conta própria. Um avanço de semáforo ou de uma sinalização de ‘Pare’ pode ser causada por falhas no funcionamento do veículo – questões que serão analisadas com detalhamento pelo perito engenheiro mecânico.
Esse profissional – em seu relatório construído a partir da perícia em acidentologia, reconstituirá o acidente em busca de identificar se houve, ou não, falha mecânica, questão que pode desempenhar papel decisivo no desenvolvimento de defesas em pedidos de reparação de danos.
Embora o engenheiro mecânico perito particular tenha compromisso com a verdade dos indícios técnicos do acidente analisado, ele irá estar mais disposto a ouvir a parte acusada – checando cada uma de suas afirmações, algo que não necessariamente é o caso de um perito designado pelo poder judiciário ou de uma seguradora.
Papel do engenheiro mecânico perito começa muito antes da ação judicial
Alguns fatores que estão quase sempre presentes em uma colisão de veículos reforçam ainda mais a necessidade de se contar com um perito engenheiro mecânico em infortúnios relacionados a colisões e acidentes de trânsito em geral.
Um de seus principais é, sem dúvida, o estado de vulnerabilidade emocional que os condutores envolvidos se encontram pós-choque – fator que acaba maculando exponencialmente suas capacidades de descrever com precisão os acontecimentos prévios que levaram àquele acidente.
Alguns condutores que têm ‘certeza’ de estarem com a razão e se configurarem em vítimas naquele acidente, muitas vezes, ignoram fatores importantes que poderão fazê-los serem apontados como causadores pela perícia judicial.
É por conta de cenários como este que a contratação de um perito engenheiro mecânico se torna imperativa.
Esse especialista irá recorrer a seu vasto repertório técnico para reconstituir esses acidentes – identificando falhas técnicas e vícios ocultos, para posicionar o condutor sobre seu ‘status’ naquele caso.
A partir dessa constatação por parte do engenheiro mecânico perito, o condutor terá a segurança para impetrar ou evitar uma disputa judicial envolvendo aquele caso.
Outro fator que fortalece a necessidade de se contratar um perito em engenharia mecânica nos casos de acidente de trânsito é o alto custo burocrático da justiça brasileira – questão que torna fundamental a aferição das possíveis contrapartidas a serem ganhas pela parte que processa.
Vale ressaltar que é também papel do perito engenheiro mecânico particular posicionar o condutor contratante sobre a custo-benefício entre os gastos e ganhos que este terá caso opte por recorrer a uma ação judicial.
Perito judicial engenheiro mecânico é braço direito do advogado
Invariavelmente em processos jurídicos envolvendo acidentes de trânsito, o poder judiciário indica um perito para avaliar as minúcias do caso a fim de auxiliar o juiz em sua decisão.
Embora tenha as melhores das intenções, esse perito designado é – no entanto – um ser humano como todos nós e está sujeito a erros de avaliação e a desatenções que podem excluir detalhes imprescindíveis para que se faça justiça naquele caso.
Em geral advogados são profissionais conhecedores profundos da lei, mas não possuem conhecimento técnico no que diz respeito ao trânsito e aos automóveis a ponto de que possam questionar os apontamentos do perito designado pela justiça – o que enfraquece significativamente sua capacidade de trazer o contraditório para o laudo pericial apresentado oficialmente.
Nesses casos, o perito judicial engenheiro mecânico particular tem papel fundamental e pode determinar a vitória ou a derrota de uma das partes no processo.
A ele caberá auxiliar o advogado na capacidade argumentativa em defesa de sua parte – com base em suas análises técnicas periciais, apontando negligências e possíveis erros possivelmente cometidos pelo perito designado pela justiça.
Nesse ambiente, o engenheiro mecânico perito toma a figura de ‘assistente técnico’ do processo e utiliza sua expertise técnica para garantir que os argumentos do condutor contratante sejam devidamente pesados durante o processo.
Em suma, o que ele fará é ser uma espécie de ‘guardião’ da ampla defesa do condutor – ao impedir que o ponto de vista do perito designado pela justiça seja tratada como ‘verdade universal e inequívoca’ a ser acatada pelo juiz do processo.