O acidente de trânsito e seus elevados custos
Hoje, as transportadoras têm um custo elevado relacionado aos sinistros, serviços prestados por terceiros e até defeitos de fábrica.
Hoje, as transportadoras têm um custo elevado relacionado aos sinistros, serviços prestados por terceiros e até defeitos de fábrica.
A realização de seguros, para transportadoras, é uma operação interessante. Pois, o foco das seguradoras é diferente do objetivo dos segurados individuais.
As seguradoras classificam os acidentes em dois grandes grupos:
- O segurado individual ou de pequeno porte (poucos veículos).
- O grande segurado (empresas detentoras de vários veículos).
Esses dois mercados são distintos, para as seguradoras. Elas têm uma lógica administrativa específica para cada grupo.
O Seguro Individual
Riscos para Pequenos Clientes
As seguradoras tratam os pequenos clientes de forma estatística. Elas agrupam esses clientes por características semelhantes. Seus fatores de risco são:
- Roubos de veículos por região.
- Relacionam cor e tipo do veículo ao comportamento do motorista.
- O número de acidentes causados por faixa de idade e sexo.
- O pequeno número de motoristas que dirigem esses carros.
- O parentesco entre os possíveis motoristas, como pais e filhos.
As seguradoras detalham muito esses desses dados. O cruzamento dessas informações define suas estratégias.
Elas obtêm lucros, em cada um desses grupos, definindo os prêmios pagos de cada veículo, com base em seus estudos analisados.
O Seguro Empresarial
O Seguro de Frotas
A metodologia do pequeno cliente não se aplica às grandes empresas.
Quando passamos o foco para a empresa notamos que é provável que o motorista de um caminhão varie bastante. Esse aspecto impede o uso das características dos usuários dos veículos.
Porém, as seguradoras passam a ter outros dados, como o uso de rotas seguras e paradas dos caminhões e ônibus em pontos seguros.
Assim, seguradoras olham para esses clientes com o foco na administração do processo operacional da transportadora, relacionado à qualidade dos motoristas e demais dados que impactam o resultado de um seguro. Elas se preocupam com:
- Quantidades de sinistros ocorridos em toda a transportadora.
- Quantidade de roubos ou furtos nos últimos 12 meses.
- O respeito, pelos motoristas, de rotas seguras.
- O cumprimento de paragem em locais seguros.
É importante notar que todos os dados levantados estão intimamente ligados ao funcionamento da empresa segurada. Alguns fatores importantes são a qualidade dos motoristas, as rotas mais frequentes da transportadora, dentre outras.
Motivado por esse problema, algumas transportadoras já fazem o Auto Seguro. Ou seja, é como se as transportadoras fizessem os seguros de suas próprias frotas.
O cálculo acima faz com que as transportadoras arquem com um custo superior ao da indenização dos sinistros, roubos e furtos de sua frota.
As empresas que praticam o Auto Seguro economizam bastante. Porém, elas têm que administrar seus sinistros, utilizando de serviços de peritos e definindo responsabilidades, em cada caso.
Cooperativa ou Seguradora?
Uma Alternativa ao Seguro
O seguro é uma operação antiga. Isso permitiu as seguradoras conhecerem bem o seu mercado. Elas lançaram seguros nos ramos mais diversos possíveis.
Para evitar o descontrole do mercado segurador, os governos criaram órgão regulamentadores do ramo de seguro.
No Brasil, a autoridade máxima do controle de seguros é a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
A SUSEP regulamenta vários aspectos administrativo-operacionais das seguradoras. Ela impõe regras, de um modo geral, para as empresas de seguro. Uma ementa de regras gerais, divulgadas como informações ao público, pode ser consultada no site da SUSEP.
Essa superintendência regulamenta regras financeiras e operacionais, para as empresas de seguro.
No caso de regras financeiras, podemos ver o critério de administração de liquidez. Esse critério exige que a seguradora tenha um determinado volume de aplicações financeiras com maior liquidez. Pois, as seguradoras podem ter a necessidade de lançar mão desse dinheiro para as indenizações, como os de acidentes de trânsito.
Porém, o mercado lançou um produto concorrente aos seguros.
Essas novas empresas são associações que garantem uma indenização do bem segurado, para os seus associados. Esse tipo de empresas não está subordinada a SUSEP. Elas têm redução de custos, pois não são obrigadas a cumprir uma série de garantias exigidas pela SUSEP.
O problema, nesse caso, é que essa empresa pode não ter caixa para indenizar os acidentes de seus associados.
As transportadoras que operam com seguradoras oficiais podem até pensar que esse problema não as atinge.
Porém, essa visão está errada!
Se um associado causar um acidente e não indenizar a seguradora, esse aumento de custos é repassado para os beneficiários de seus seguros. O envolvimento em acidentes de trânsito com os usuários desse novo mercado é sempre uma dor de cabeça adicional.
Faça o cálculo retroativo dos
Custos x Benefícios
de seus Seguros.
Levante os valores pagos em prêmios e avalie os custos de seus sinistros, para o mesmo período.
A diferença entre eles é o que sua empresa pode lucrar com o Auto Seguro (ou o seguro bancado pela própria empresa).
A Carga Transportada
Alguns empresários não fazem o seguro da carga transportada, pensando em reduzir custos…
Alguns empresários não fazem o seguro da carga transportada, pensando em reduzir custos.
Porém, a lei nacional é clara.
Ao entregar a carga a uma transportadora, os riscos de qualquer dano passam a ser da empresa de transportes. Ela pode ter que indenizar o proprietário da carga, por qualquer tipo de dano.
O dano pode vir por um acidente de trânsito!
Um acidente de trânsito pode causar esse dano à carga. A transportadora pode identificar a responsabilidade dos fatos usando serviços de peritos.
Os Riscos Assumidos
Uma boa gestão administra os seus riscos. Seja por uma seguradora ou administração própria…
Uma boa gestão administra os seus riscos. Seja por uma seguradora ou administração própria.
Essas perdas são reais!
A empresa sempre paga por elas, de forma direta ou indireta.
Se repassadas para as seguradoras, o custo será ainda mais elevado. Pois, as seguradoras operam, com lucro.
Elas cobram para arcar com as despesas desses riscos assumidos. Uma boa gestão contrata peritos para identificar as causas e responsáveis pelos riscos que já ocorreram.
Custos Adicionais com Seguros
As seguradoras visam obter lucro em cada contrato com as grandes empresas…
As seguradoras visam obter lucro em cada contrato com as grandes empresas.
Uma conta rápida que as transportadoras devem realizar é de que todos os seus sinistros, ou acidentes de trânsito, serão indenizados com os valores dos prêmios pagos.
Porém, além desse valor do prêmio, haverá um acréscimo para que a seguradora mantenha seus lucros.
Esses lucros são administrados, anualmente, pelas seguradoras.
O empresário, do ramo de transporte deve ter em mente que o prêmio que ele está pagando cobre todos os seus sinistros, as despesas das regulações desses sinistros, as comissões de corretores e os lucros das seguradoras.
A contratação de serviços periciais permite que esse empresário reduza essa cadeia de custos operacionais
Administrando Riscos
Alguns gerentes pensam que delegam a administração de seus riscos para…
Alguns gerentes pensam que delegam a administração de seus riscos para as seguradoras.
Uma grande parte da recuperação de custos e despesas é via o ressarcimento dos danos sofridos.
Os danos podem ter duas origens principais. Ou eles foram causados por terceiros ou é de responsabilidade da empresa.
Caso seja causado por terceiro, é importante a empresa focar na identificação das responsabilidades. É necessário que ela realize um trabalho de campo para identificar as evidências do acidente.
Essas evidências são provas fortes relacionadas à origem do acidente. Essas provas devem ser usadas por advogados e juízes.
Um perito profissional pode ajudar a empresa a levantar essas provas.
Quando a responsabilidade é da própria empresa, é necessário que ela identifique a causa. É importante saber se foi um problema relacionado à manutenção, ou um problema com o motorista, ou outros. Ao conhecer a causa, a transportadora pode realizar um treinamento das pessoas responsáveis pelos itens que causaram o acidente.